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Análise do primeiro ciclo de armadilhas Ovitrampas e resultado do Levantamento de Índice Rápido de Infestação pelo Aedes aegypti: |
A Administração Municipal, através da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), segue o trabalho intenso de combate à Dengue. Nesta quinta-feira (08), a Vigilância Epidemiológica conclui análise dos resultados de duas iniciativas que buscam melhor identificar potenciais focos da doença e objetivas ações de combate à proliferação do Aedes aegypti – mosquito transmissor da Dengue, febre Chikungunya e Zika Vírus. O primeiro ciclo das chamadas “Armadilhas de Ovitrampas” mostrou forte índice de infestação, e o Levantamento de Índice Rápido de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) mais que dobrou em relação ao último registrado ao fim de 2023.
A partir destes resultados, os agentes de endemia vão intensificar os trabalhos nas áreas mapeadas, principalmente nas com maior incidência de focos. Outras ações de combate e conscientização estão sendo realizadas. Neste sábado (09) e domingo (10) será realizado, por exemplo, mais um mutirão de limpeza, agora no Bairro Imigrantes. Haverá recolhimento de entulhos, roçadas, higienização e limpeza de espaços de convivência, pinturas de caçadas e outras iniciativas, como também de alerta contra a Dengue. Contudo, o Governo ressalta a importância da população colaborar, visto que a maioria dos focos e criadouros se dá em áreas particulares, pátios, onde inclusive as equipes de saúde e limpeza não tem acesso, e por total desleixo de moradores em situações de prevenção já muito divulgadas quando o assunto é o combate ao mosquito.
Ovitrampas
De acordo com a análise, das 96 Ovitrampas instaladas e distribuídas pelos bairros Boa União, Pinheiros, Indústrias, Moinhos, Estados, Oriental, Centro, Imigrantes, Alto da Bronze e Cristo Rei, 97% tinham ovos do Aedes aegypti. Alguns locais com até mais de 220 ovos, e outros com incidência bem menor, com até três ovos. O Bairro Centro foi o que apresentou os piores números, com até 224 ovos. A média por armadilha ficou em 33%.
As Ovitrampas são um modelo de armadilhas instaladas em pontos estratégicos que buscam captar ovos do Aedes aegypti – faz parte do Projeto Piloto das Ovitrampas do Estado. As armadilhas consistem em vasos de planta sem furo e palhetas de madeira (eucatex). Nestas são colocadas água com levedo de cerveja para atrair a fêmea do mosquito a depositar os ovos no local (ovoposição). Essas armadilhas ficam por cinco dias no local – geralmente em residências, com autorização dos moradores – e depois são recolhidas – mas sem riscos pois são tiradas antes de se tornarem criadouros do mosquito.
LIRAa
Já de acordo o LIRAa, o índice de infestação apontou “16,3”. O número é o dobro do último de 2023 (o levantamento é realizado há cada três meses), quando apontou índice de “7,4”, o que já é considerado “altíssimo” pelas autoridades. Neste último levantamento não teve bairro que não indicasse a presença do mosquito.
Segundo ambos os levantamentos, há pontos com alta infestação, principalmente nos Bairros Boa União, Indústrias, Estados, Imigrantes, Moinhos, Pinheiros e Centro.
Casos da doença
Os relatórios dos casos da doença são semanais. Este ano Estrela registra até então sete casos confirmados e oito suspeitos ainda em análise. Em 2022, os casos de Dengue iniciaram em 10 de março e totalizaram 487 pessoas contaminadas. Em 2023 foram 920 casos, com um óbito, ocorrido em abril, durante a época que se registrou a maior incidência da doença, muito provavelmente pela proliferação dos criadouros do mosquito ao longo do verão.
Combate: entre as orientações estão
Evitar água parada, em qualquer época do ano, mantendo bem tampado tonéis, caixas e barris d’ água ou caixas d’água; acondicionar pneus em locais cobertos; remover galhos e folhas de calhas; não deixar água acumulada sobre a laje; retirar os pratos dos vasos de plantas; fazer sempre a manutenção de piscinas, tratando as com cloro.
Ainda, é importante ficar atento aos sintomas da dengue, que incluem febre alta, dor de cabeça intensa, dor nas articulações e erupção cutânea. Em casos mais graves, o paciente pode apresentar também dor abdominal, vômitos persistentes, diarréia, desânimo e sangramento de mucosa. Mais informações na Vigilância Ambiental (3891-1042).
Texto: Rodrigo Angeli
Fotos: Vigilância Saúde/Governo de Estrela e Rodrigo Angeli/Governo de Estrela