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Evento discute soluções que visam mitigar danos de eventuais enchentes e secas no meio rural: |
Chiqueiros, aviários e tambos de leite inundados pela lama. Lavouras inteiras invadidas e arrasadas pela força da água. Residências e galpões destruídos às margens de rios e arroios. Animais mortos. A dura realidade enfrentada pelo campo nas enchentes de 2023 motiva debate no Auditório Central do Colégio Teutônia no próximo dia 30 de abril.
Esta será a primeira edição do Seminário Pensar o Vale orientado ao agronegócio. Com o tema "Os abalos ambientais e o impacto no campo do Vale do Taquari", o evento também conta com o apoio do Colégio Teutônia, do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar e da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC-VT), com patrocínio de Reinigend Química e Sicredi Ouro Branco.
O seminário busca despertar na comunidade a consciência sobre o impacto das mudanças climáticas no campo. Os painéis abordarão sobre como os fatores externos afetam as propriedades e como mitigar perdas, além de como preparar as propriedades para conviver com situações extremas.
A programação é aberta ao público, destinada aos produtores rurais e pessoas ligadas ao setor primário da região. O credenciamento, gratuito, será realizado no dia e local do evento.
Alternativas para o campo
O diretor do Colégio Teutônia, Mauro Alberto Nüske, destaca que o seminário busca pensar e planejar alternativas para enfrentar as mudanças climáticas de forma coletiva, com o olhar para os impactos na natureza e na área rural. "Nessa perspectiva, o Colégio Teutônia apoia e sedia o mesmo pelo compromisso que tem desde sua origem, quando surgiu como instituição formadora de capatazes rurais, e que, ao longo de sua história, contribui para a qualificação de pessoas e profissionais nesta região que é considerada o Vale dos Alimentos", pontua.
Nüske ressalta que não é possível controlar as variáveis quanto a fatores externos, mas é possível minimizar as consequências. "Por meio do compartilhamento de experiências, pensamento proativo e tecnologia, unindo forças para a superação dos desafios, minimizando perdas e o sofrimento das famílias."
De acordo com o professor do Colégio Teutônia, Márcio Mügge, o seminário foi inspirado em outros movimentos que ocorreram na região e abordaram os impactos das inundações. Ainda que o agronegócio tenha sido debatido em algumas ocasiões, Mügge acredita que a temática merece uma atenção especial, tendo em vista que o setor primário é o grande promotor do desenvolvimento do Vale, especialmente motivado pela agricultura familiar. “O que precisamos e devemos fazer é analisar não apenas as enchentes, mas todas as mudanças climáticas que estão acontecendo e aquelas que ainda vão acontecer. A partir disso, fizemos a proposição do seminário, alinhamos, criamos uma pauta e agora o evento está acontecendo”, comemora.
Programação
9h – Recepção e credenciamento
9h30min – Abertura
9h45min – TED com a participação do produtor rural de Roca Sales, Márcio Piccinini, compartilhando experiências e lições após perdas milionárias com cheia em 2023
10h15min – Painel “Da porteira para fora – Como os fatores externos impactam as propriedades e como mitigar perdas”, com Sérgio Diefenbach, promotor de Justiça; Rogério Ortiz Porto, geólogo e economista; Daniel Caetano, meteorologista da UFSM; e Pablo Souto Palma, geólogo e secretário executivo do Gabinete de Crise Climática
11h30min – Espaço para perguntas
11h45min – Intervalo para almoço
13h15min – TED com o capitão do Corpo de Bombeiros Militar, Thalys Rian Stobbe, que fala sobre medidas de segurança nas propriedades em caso de extremos climáticos
13h45min – TED com o técnico da Emater, Carlos Daniel Fries, que apresenta resultados do manejo de solo para produzir com El Niño e La Niña
14h15min – Painel “Da porteira para dentro – como preparar as propriedades para conviver com situações extremas”, com Giovani Feltes, secretário estadual de Agricultura; Antônio Sartori, diretor da Brasoja; Marcelino Hoppe, agrometeorologista da Unisc; e Claudinei Moises Baldissera, diretor técnico da Emater
16h – Encerramento
TEXTO – Leandro Augusto Hamester e Felipe Neitzke