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Escola de Educação Infantil foi uma das sete unidades escolares da rede municipal de Estrela atingida pela enchente: |
Sete das 21 escolas da Rede Municipal de Ensino de Estrela foram fortemente castigadas pela enchente de maio. Destas, uma voltou ao atendimento normal, e outras seis tiveram remanejamento dos estudantes para outras unidades, a fim de não deixar por mais de uma semana os alunos sem aulas presenciais. Visando um futuro próximo, o Governo de Estrela, através da Secretaria de Educação (Smed), trabalha agora na reestruturação da rede, inclusive com a construção de novas unidades. Uma delas deverá ser a Emei Arroio do Ouro, que leva o nome de sua localidade. Destruída, não deixará sua comunidade berço, mas deverá ser erguida em nova área local.
A permanência da escola na comunidade, por tudo que representa e pelas particularidades, era um desejo do Governo. Ainda assim, o prefeito Elmar Schneider propôs um encontro com representantes de Arroio do Ouro e Linha Figueira, ambas atendidas pelos serviços da unidade escolar local, para ouvir opiniões, expor necessidades e desafios. Além do prefeito, participaram a titular da Smed, Elisângela Mendes, representantes da Associação de Moradores, pais, professores e outros líderes locais. A permanência da escola na comunidade foi amplamente defendida pelo grupo. Unânime também é o entendimento de que a mesma deva ser construída em novo terreno. “Confirmamos o que já imaginávamos e queríamos, mas era preciso escutar a comunidade, e também pedir calma e apoio neste processo, pois vamos precisar do engajamento da comunidade e da busca por recursos”, comentou o prefeito.
Semelhança
A decisão é muito semelhante à tomada para o caso da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Leo Joas, outra que sofreu graves danos durante a enchente de setembro de 2023 e agora voltou a ser atingida. A unidade permanecerá no Bairro das Indústrias, mas agora em novo endereço, fora de área alagável, já adquirido pelo Governo. No caso da Emei Arroio do Ouro, tanto moradores como a associação, e também governo, prometerem unir esforços para encontrar uma área viável.
De acordo com Elisângela Mendes, em nenhum momento se cogitou tirar a escola da comunidade. “Isso não estava nos planos, até porque ela é fundamental para atender ao público identificado com aquele espaço, suas pessoas. Consenso sim é que ela não pode ficar na mesma área a fim de evitar possíveis futuros estragos. Os altos investimentos seriam perdidos ou desperdiçados e os problemas consequentes seriam recorrentes. Agora temos que trabalhar em busca de alternativas”, explica. A moradora e também mãe da aluna, Aline Valandro, concorda. “O bom é que o entendimento do governo é o mesmo que o nosso, que é fazer com que a escola siga atendendo o povo de lá, nossa gente, que é muito identificada com as famílias das comunidades, com o estilo de vida do interior. E facilita muito também para quem mora longe do centro ou bairros facilita”, reitera Aline. Ela estava acompanhada da filha, Antonella Valandro Diel (5), que foi reforçar ao prefeito Schneider a volta do convívio com os antigos colegas.
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Texto: Rodrigo Angeli