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As atividades no turno extra em Estrela, mesmo não obrigatórias por lei, serão retomadas na próxima segunda-feira (05) após o período de reajustes e reconstruções necessárias após as enchentes: |
Assim como ocorreu com as aulas normais no pós-enchente, quando a Administração Municipal de Estrela precisou realocar estudantes de seis das sete escolas atingidas pela força das águas, um trabalho intenso foi desenvolvido nas últimas semanas para permitir, mais uma vez, a oferta do contraturno escolar em Estrela. Agora, são feitos os últimos acertos para que o atendimento no turno inverso seja retomado na segunda-feira, dia 05, após o breve período de recesso.
Todos os cerca de 700 estudantes atendidos antes da catástrofe climática voltarão a dispor dos serviços, que não são obrigatórios por lei. Ocorrerão apenas pequenas alterações de locais para alunos de duas específicas escolas. A expectativa inicial é de que pelo menos 600 crianças e jovens voltem às atividades, número que pode crescer nas próximas semanas.
Enchente x suspensão
O atendimento neste período extracurricular estava suspenso desde maio devido a destruição de locais que eram utilizados no acolhimento dos estudantes da rede municipal de ensino neste período extra. É o caso da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Leo Joas. A escola, que também abrigava as atividades do contraturno, foi totalmente destruída. Outro espaço antes utilizado como espaço de convivência no período extra e igualmente agora inutilizável foi a sede da Associação dos Moradores do Bairro das Indústrias (Ambi). Há de se destacar que demais espaços utilizados no programa também foram usados como abrigos e centro de armazenamento e distribuição de mantimentos e roupas.
Demais obstáculos
Além da volta às aulas normais terem sido uma prioridade, outros três grandes obstáculos ocorreram para o retorno do contraturno escolar junto das aulas normais. A disponibilidade de profissionais para a execução dos atendimentos nos novos horários (inclusive deslocamento entre cidades) e a questão do transporte escolar, já que o mesmo também exigiu mudanças. É o caso dos ônibus que antes eram utilizados para o contraturno, que nos últimos dias foram utilizados para o transporte dos estudantes da Leo Joas até a Odilo Afonso Thomé. A chegada de três novos ônibus escolares ao município facilitará agora as operações.
Outro entrave estava relacionado à Cozinha Central, cuja sede também foi destruída pela enchente, com grande perda também de utensílios. O espaço era utilizado na produção das refeições fornecidas a todas escolas da rede municipal, e em enchentes passadas também aos desabrigados. A cozinha ainda opera de forma parcial e utilizando-se de outros espaços temporários a fim de garantir o fornecimento dos alimentos para as escolas e contraturno, que totalizam cerca de 14 mil refeições diárias.
Reorganização
Após um remapeamento da rede de ensino, já que mais de 120 alunos foram morar em outros municípios e dezenas trocaram de bairros, e consequentemente de escolas, passou-se para a organização do retorno do contraturno. O mesmo seguirá com as atividades como antes do período de enchentes: Mais Aprender da Linha Geralda; na Associação dos Servidores Públicos Municipais de Estrela (Aspume); nas dependências do Serviço Social da Indústria (Sesi) e nas Emefs La Salle, Pedro Jorge Schmidt, Arnaldo José Diel. A exceção das mudanças fica com alunos da Emef Leo Joas e da própria Emef Odilo Afonso Thomé, que é a escola que acolheu os estudantes da escola do Bairros das Indústrias, destruída. Agora, ambos os integrantes do contraturno destas escolas serão atendidos também no Sesi.
Saiba Mais
Considerando a expansão no início do ano para alunos dos terceiros anos, cerca de 700 eram atendidos pelo contraturno escolar. Os números atuais só serão possíveis de serem detalhados com a retomada do serviço. Somados às mais de 1.5 mil crianças da Educação Infantil (Emeis) que também permanecem na escola em tempo integral, Estrela terá mais uma vez, a partir de segunda-feira (05), cerca de 60% do universo de matriculados passando dez horas ou mais nas atividades escolares municipais.
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Texto: Rodrigo Angeli
Fotos: arquivo Prefeitura de Estrela e Giovane de Souza/Prefeitura de Estrela