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Unidades provisórias que chegarão segunda-feira são mais um passo no projeto que pretende mitigar o déficit habitacional pós enchente: |
Como resultado da intensa busca por soluções aos problemas surgidos após as enchentes relacionadas ao déficit habitacional, Estrela dará, na próxima segunda-feira (12), mais um importante passo neste complexo, mas necessário, processo. A população, que já vê máquinas trabalhando na preparação de terrenos, verá outro importante marco dentro do projeto maior de reestruturação. As primeiras 31 moradias provisórias, em parceria com o Governo do Estado, começarão a ser erguidas em terreno no Bairro Imigrantes. Se somarão a outras três frentes de ação já acertadas e que pretendem entregar mais de mil moradias permanentes nos próximos meses. Outros planos extras são trabalhados paralelamente.
Nesta fase inicial, serão 31 casas provisórias, cedidas pelo Governo do RS, através do Programa a Casa é Sua – Calamidades. Visam, num primeiro momento, dar uma solução paliativa enquanto as casas definitivas são construídas, mas acima de tudo desde já ofertando mais conforto e amparo emocional, ainda mais que serão destinadas às famílias que ainda estão em abrigos municipais.
As unidades temporárias serão instaladas no Bairro Imigrantes, divididas entre uma área próxima ao salão comunitário São José Operário, ponto que foi um dos abrigos utilizados durante o pós-enchente. As mesmas foram projetadas para abrigar famílias menores, mas já com estrutura suficiente para dar ânimo ao recomeço. Cada módulo, com 27 metros quadrados, é composto por dormitório, sala e cozinha conjugadas e banheiro e já contará com itens essenciais para estes espaços e a rotina, como pia, vaso, tanque e outros. Por dispensar construção no local, os módulos são ambientalmente favoráveis, pois não geram resíduos de obra e possibilitam uma economia de oito vezes menos água em comparação com métodos tradicionais. A empresa Visia Construção Modular, contratada pela Sehab-RS, trouxe o método da Europa e já entregou 8 mil desses módulos em todo o país. O prazo estimado para entrega de todas as unidades é de 15 a 30 dias, dependendo das condições climáticas.
Outras mil moradias
De acordo com a secretária municipal de Desenvolvimento Social e Habitação de Estrela, Renata Cherini, mesmo que não sejam definitivas, as casas serão um importante avanço social, já que também são um alento emocional enquanto os outros projetos desenvolvidos sejam concluídos, já que estes demandam de mais tempo por diversos entraves burocráticos e de construção.
Entre estes projetos, três já estão acertados. Serão 28 novos lares em área rural, e voltado a este público, que também foi fortemente atingido. Serão utilizadas áreas do Distrito da Delfina, através de uma parceria público-privada. Ainda, 40 casas em um loteamento no Bairro Boa União, cujo terreno já recebe terraplanagem e outros processos necessários para receber as estruturas, como saneamento básico. E naquele que será o maior projeto, a construção de outras 916 moradias, este em formato de apartamentos, que serão construídos no Loteamento Nova Morada. A localização destes projetos em áreas próximas a serviços básicos como escolas e pontos de atendimento de saúde foram fortemente levados em consideração na escolha dos pontos. Somente com estes projetos, Estrela somará 1.015 novos lares fora de cotas de inundação neste primeiro balanço.
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Texto: Rodrigo Angeli
Fotos: Ismael Salvatori/Estrela e Jurgen Mayrhofer/Secom-RS